Em
1940, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista
Interamericano. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do
evento, pois estavam preocupados e temerosos.
No
entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas
resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento
histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.
19 de abril, deve
ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos
povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas
manifestações culturais.
Devemos
lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os
portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o
desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda
ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais,
muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.
COMO VIVEM
Os
índios vivem de forma muito organizada e harmônica. Cada tribo tem um
cacique, que é o chefe e um pajé, que é uma espécie de médico para
eles. Os pajés conhecem tudo sobre males do corpo e do espírito e também
quais as plantas e ervas que podem ser utilizadas em cada caso.
A
aldeia onde vivem é chamada de taba e nela existem dois tipos de
casas: as simples, onde vivem apenas uma família e são chamadas de ocas e
as casas coletivas, que são chamadas de malocas.
As
casas são construídas com uma mistura de barro e sua estrutura é
sustentada por pedaços de madeira. Para fazer os telhados, os índios
utilizam palha trançada ou grandes folhas de árvores.
ONDE VIVEM
Onde estão os índios brasileiros?
Vivem em áreas espalhadas por todos os Estados, mas a maior parte das terras e da população indígena fica na Amazônia.
Como é a língua indígena?
O
índios usavam principalmente a língua Tupi e muitas palavras da língua
portuguesa tem origem no tupi-guarani. (arara, catapora, cipó, cuia,
cumbuca, cupim, jabuti, jacaré, jibóia, mandioca, mingau, minhoca,
paçoca, peteca, pindaíba, pipoca, preá, sarará, tamanduá, tapera, toca,
traíra, xará...)
SUAS ARMAS
Os
índios utilizam vários tipos de armas, confeccionadas pelos homens da
tribo e que não tem apenas a finalidade de guerrear, mas também são
utilizadas para a caça.
ARCO E FLECHA
É a principal arma dos indíos. Devido à sua cultura, as atividade de
caça são constantes entre os homens que, desde a infância, treinam com
os arcos e adquirem grande habilidade em seu manejo. Os arcos são de
madeira e o alcance da flecha pode atingir 30 metros.
BORDUNA
Só é usada na guerra. A borduna é uma arma muito simples: um pau
pesado em uma extremidade, que causava danos pelo impacto direto.
LANÇA A lança é uma arma menos utilizada e tem também a função específica na caça e pesca.
UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS
Cerâmicas
feitas pelas mulheres, que usam barro adequado, muitas vezes misturam
argila, grânulos diversos ou cacos velhos bem triturados. São
utilizados para buscar, guardar e servir água, para preparar e servir
bebidas fermentadas de milho e mandioca, para armazenar produtos e
cozinhar os alimentos.
Ferramentas como machados, feitos em pedras que servem para a derrubada do mato.
No dia 21 de abril comemora-se o dia de Tiradentes. Joaquim José da Silva Xavier, nasceu na Fazenda do Pombal, entre São José (hoje Tiradentes) e São João Del Rei em Minas Gerais, no ano de 1746, tornou-se o mártir da Inconfidência Mineira.
Tiradentes ficou órfão de mãe aos nove anos de idade, perdeu o pai aos onze anos, e foi criado pelo padrinho na cidade de Vila Rica, hoje conhecida como Ouro Preto.
O apelido de Tiradentes veio da profissão de dentista que exercera com muita responsabilidade, mas o ofício que mais lhe promoveu foi o de soldado, integrante do movimento da Inconfidência Mineira - que o levou à morte em praça pública, por enforcamento e esquartejamento.
A Inconfidência Mineira foi um abalo causado pela busca da libertação do Brasil diante da monarquia portuguesa, ocorrendo por longos anos, no final do século XVIII.
Na cidade de Vila Rica e nas proximidades da mesma eram extraídos ouro e pedras preciosas. Os portugueses se apossavam dessas matérias-primas e as comercializavam pelos países europeus, fazendo fortuna à custa das riquezas de nosso país, ou seja, o Brasil era grandemente explorado por essa nação.
O reinado de Portugal no Brasil cobrava impostos caríssimos (o quinto) e a população decidiu se libertar das imposições advindas do governo português. A sociedade mineira contrabandeava ouro e diamante, além de atrasar o pagamento dos impostos.
Com o fortalecimento das ideias contra os portugueses, aconteceu a Inconfidência Mineira, tendo como principais objetivos: buscar a autonomia da província; conseguir um governo republicano com mandato de Tomás Antônio Gonzaga; tornar São João Del Rei a capital; conseguir a libertação dos escravos nascidos no Brasil; dar início à implantação da primeira universidade da região; dentre outros.
Durante o movimento, as notícias de que os inconfidentes tentariam derrubar o governo de Portugal chegaram aos ouvidos do imperador, que decretou a prisão deles. Tiradentes, para defender seus amigos, assumiu toda a responsabilidade pelo movimento e foi condenado à morte.
O governo fez questão de mostrar em praça pública o sofrimento de Tiradentes, a fim de inibir a população de fazer manifestos que apresentassem ideologias diferentes. Em 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu o trajeto, chegando à cadeia pública da região, foi enforcado após a leitura de sua sentença condenatória.
Ainda hoje podemos ver o museu da Inconfidência Mineira, que está localizado na Praça Tiradentes, na cidade de Ouro Preto, local onde é preservada a memória desse acontecimento tão importante da história do Brasil, com o ciclo do ouro e as obras de arte de Aleijadinho.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Dia do Livro: Valorizar é Preciso
O Dia Internacional do Livro e dos Direitos de Autor é comemorado na data de 23 de abril, a qual registra o falecimento de escritores como Cervantes e Shakespeare. É uma comemoração importante, celebrada desde 1996, por decisão da UNESCO.
Quem de nós pode ignorar o livro? Ele talvez seja o essencial entre os produtos essenciais da cesta básica letrada, essa que nos alimenta o espírito. Teve até um Ministro da Educação, o Christovam Buarque, que queria o livro ao lado do feijão na costumeira cesta básica do brasileiro. Por que será que essa ideia não vingou?
Houve tempos em que o livro era composto letra por letra. Hoje, ele é produzido em moderníssimas máquinas, mas continua a ser fruto de um processo trabalhoso.
Após notar a ideia e encher de letras as folhas em branco, o escritor procura uma editora e apresenta os originais para avaliação. Ao final desse processo, eles poderão ser aceitos ou recusados. Se aceitos, seguem-se a assinatura do contrato entre autor e editora, bem como a editoração profissional da obra, um trabalho hercúleo, minucioso, suado. Pronto o livro, o desafio é fazê-lo circular para que o leitor saiba que o livro existe.
Diferentemente disso, um livro pode ser autopublicado. Entretanto, a autopublicação continua a não ser bem vista porque ela, custeada pelo próprio autor, nem sempre é avaliada como deve e termina passando ao largo dos critérios de qualidade exigíveis para o material destinado a virar livro. Os originais contratados para publicação por uma editora, ao contrário, são submetidos a uma análise rigorosíssima, feita por especialistas, o que, quase sempre, valoriza sobremaneira o trabalho. Dá-lhe confiabilidade.
Se o leitor soubesse o quanto de energias demanda um livro, não importando em que modalidade ele chega à luz, certamente o amaria mais, como sugeriu Rilke. Não o estima, por exemplo, quem simplesmente o xerocopia, como se faz nas universidades, nem sempre por má fé, mas por um misto de necessidade e desinformação.
Se o leitor soubesse o quanto de energias demanda um livro, não importando em que modalidade ele chega à luz, certamente o amaria mais, como sugeriu Rilke. Não o estima, por exemplo, quem simplesmente o xerocopia, como se faz nas universidades, nem sempre por má fé, mas por um misto de necessidade e desinformação.
Pensando nisso, e visando a combater a pirataria no setor, a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos lançou, em agosto de 2007, um programa chamado “Pasta do Professor”. Esse programa oferece capítulos de livros avulsos aos estudantes, para evitar que eles tenham que xerocopiá-los.
Ocorre que a xerocópia causa prejuízo aos autores e aos editores. Obviamente, não me refiro aos grandes conglomerados capitalistas do setor. Falo de empresas mais modestas e dos autores, os quais, em face da parca remuneração por seu trabalho, simbólica na maioria dos casos, muitas vezes se sentem desestimulados e param de produzir.
Para valorizar o livro, o autor, o editor e todos os profissionais que atuam em sua produção, de maneira esmerada e extrema dedicação, o ideal seria que todos pudessem comprar livros e difundi-los “à mão cheia”, como pediu Castro Alves.
Há muitos séculos, Cícero disse que “Uma casa sem livro é como um corpo sem alma”. Isso se parece com a morte. A vida, ao contrário, sempre multiforme, também está no livro. Como disse Borges, o livro é “uma extensão da memória e da imaginação”.
Imaginação – que não tenhamos medo de usá-la para apoiarmos programas que valorizam o livro, a começar por quem precisa dele para se formar e ter melhores recursos para batalhar pela realização na vida pessoal, profissional e social.
Imaginação – que não tenhamos medo de usá-la para apoiarmos programas que valorizam o livro, a começar por quem precisa dele para se formar e ter melhores recursos para batalhar pela realização na vida pessoal, profissional e social.
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